segunda-feira, 29 de junho de 2015

Jiyuu na Karada - Capa e nota da autora


Título: Jiyuu na Karada
Subtítulo: O Corpo Liberto

Sinopse:
Japão, 1950.
O amor se apaga com o tempo?
Ele era um guerreiro.
O jovem homem Shiromiya Kazue jamais lutou com armas, mas saiu da guerra que destruiu seu país fortalecido pela dor. Corajoso, ele reconstruiu sua vida, formou uma família, e conquistou o respeito e a confiança de todos da pequena cidade que vivia. Contudo, ainda sofria pelo passado, ainda amava a quem devia odiar...
 Ele era um derrotado.
O comerciante Ryo Satoshi conquistou o respeito dos aliados ao final da II Guerra Mundial. Sagaz, tornou-se um popular membro do comércio internacional, expandindo sua fortuna e seu poder. Porém, vítima dos próprios erros do passado, ele caminhava pelo seu presente sem sentir o sabor da vida. Podia ter tudo que desejava, porém, a única coisa que realmente queria estava fora de seu alcance...

Em 1950, o Japão estará reconstruindo mais do que suas estruturas. Um país retornando do caos, progredindo em direção ao futuro. E nesse cenário, os protagonistas de Kinshi na Karada se reencontram. O que restou de seus intensos sentimentos?
 


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É quase cômico que, antes de iniciar as primeiras linhas de Kinshi na Karada, ainda durante o estudo e pesquisa da obra, eu pensei: “terei que me destruir para criar o que quero”. Claro, eu pensava no status psicológico, no sentimento de apreensão e medo que desenvolvi enquanto caía no buraco profundo da lama moral de meus personagens.

Enquanto ia escrevendo, fui desenvolvendo pequenos dramas, como aversão ao som noturno de carros – por algum motivo eu pensava na Kempeitai rondando as ruas – e a mania de olhar para o alto e sempre esperar que alguma bomba estourasse.

Contudo, eu jamais imaginei que tivesse que destruir também a minha saúde física. Terminei Jiyuu na Karada dormindo a base de tramal e clonazepan. 

Não foi uma escolha, isso aconteceu devido ao prorrogamento de uma obra que devia ser única. Talvez, por isso, personagens citados em Kinshi, como Miya e Oguri, só foram desenvolvidos em Jiyuu. 

Foi uma falha. Não vou dizer que me culpo, afinal de contas, eu realmente não me imagino cortando nenhuma palavra de Kinshi na Karada. Acho-a uma obra exata, que diz exatamente o que veio a dizer. Porém, era para ter desenvolvido toda a trajetória de Shiro em suas páginas, e isso não se deu devido ao alongamento dos dramas e a forma narrativa da autora – sim, sorry! – que não conseguiu narrar nada sem dar todos os detalhes.

Assim, quando finalizei Kinshi na Karada, já comecei imediatamente Jiyuu. Então, num primeiro momento, é fato que o leitor acaba sentindo a mesma carga de Kinshi, mas isso logo se dissipa.

Jiyuu não conta a mesma história. Os personagens amadureceram, cresceram, não são mais tão tolos ou ingênuos como antes. Kinshi falava da apreensão da guerra, Jiyuu dos traumas que ficaram.

Porém, Aiko, Shin e Jiro continuam no mesmo dilema. Com seus sentimentos embaralhados, sem saber exatamente que rumo devem tomar, e agora existem ainda mais marcas em cada um deles. 

Por outro lado, Shiro é pai. Um homem trabalhador, que luta dia a dia para cuidar da filha. E também luta para esquecer a pessoa que mais amou e que mais lhe magoou. 

Em contraste, Ryo recebeu, durante toda a sua vida, visões que lhe indicavam Shiro. Agora, sem seu dom, ele é como um cego em busca de alguém que se perdeu durante a guerra.

Jiyuu na Karada fala da vida pós guerra, de perdão e de valores morais, príncipios que não se abandona. 

Alguns destaques são importantes: A unidade 731 continua sendo citada, mas, é encoberta durante o transcorrer do texto. Isso é devido a verdade só ter vindo a tona na década de oitenta. 

Os fatos históricos continuam em destaque. Mais uma vez, assim como em Kinshi, tentei ser leal ao momento. Não foi uma busca fácil, não é fácil estudar o Japão de 1950, mas se tiver qualquer erro, foi apenas falha humana. 

Meus agradecimentos especiais:
A Daniela que fez a capa, um trabalho primoroso. É impressionante como ela consegue captar a obra e tudo que nela se foca.  
A Fabiana que fez a revisão, mesmo cansada e cheia de afazeres. Sua ajuda foi primordial.
A Cassia que fez o prefácio. Vão adorar^^ Logo logo publico para vocês lerem ♥
A Dani que betou e deu dicas sobre a cultura nipo. 
A todas as minhas meninas do OL - Kah, Nina, Kamy, Kenia, Jana, Yume, Mel, Cristal, Gi... enfim, todas, são muitas rsrsrs - que leram, comentaram, criticaram, e me ajudaram a desenvolver a obra.
Ao Mac, do Entre Homens, pelas horas de conversa franca e de leitura crítica.
A todos os leitores da minha Page, pelo apoio incondicional, pelas palavras de incentivo quando eu quase desisti, enfim... por tudo.

Enfim, agora é apreciar o trabalho feito. Em julho, será o lançamento pela Amazon e Clube de Autores.

Antes, quem puder e quiser, pode adicionar no Skoob -
http://www.skoob.com.br/livro/512953ED519438


Muitos abraços
Josiane Veiga
Jun/2015


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